Eu sou fascinado pelo Facebook. Obviamente não me refiro aos posts que batem ponto na minha timeline, do tipo: “sono”; “fome” e “bailinhooooooo”. Não. O que me encanta é a ferramenta e seu caráter globalizante. Eu criei o Facebook em 2008, quando passei uma temporada nos States e queria manter contato com meus amigos estrangeiros. E durante um bom tempo foi este meu uso exclusivo, para falar com estes friends. Para os conterrâneos, tinha o bom, velho e emotivo Orkut, que convenhamos, apesar de ter sido criado por um turco, tinha características bem latinas, até piegas (o que pra mim, que fique claro, é positivo) com os testemoniais apaixonados ou declarações emocionadas de amigos. O Face, não. Como bom americano, ele é prático e funcional, sem churumelas. Não tem textos de amigos e da namorada estampados no seu perfil e até as comunidades são pontuais. Acabaram aquelas que exibem sua personalidade “sou legal, não estou te dando mole” (que dez entre cada dez meninas tinham); “eu não gosto de mulher de boné”. No FB, você curte uma banda, uma revista e uma companhia aérea. Make it easy.
Como fui um dos primeiros, entre meus amigos, a ter Facebook pude acompanhar a migração do Orkut para o Face, o que para mim reflete a internacionalização, motivada também pelos avananços econômicos do Brasil nestes últimos anos. Quem foi à Torre Eiffel, ou qualquer outra atração turística europeia ou americana nos últimos anos, sabe do que estou falando. Seguramente, você irá ouvir um "muito linda, né, meu'' (o sotaque paulista não é provocação, é uma constatação).
E o mesmo aconteceu no Irã, Japão, Marrocos, até na nacionalista e antiamericana França, e assim por diante, que trocaram seus ''Orkuts'' pelo Facebook.
Como já abordei muito o contexto político-globalizador do FB e aqui poderia me gabar de mais um exemplo, agora nos países árabes, com este texto só queria mesmo vender o meu peixe, especialmente nesta fase de procura de emprego. Acho que, além de cada vez mais fã da Globalização e anti-nacionalista, eu gosto do FB porque, de certa forma, ele demonstra a importância das duas formações que escolhi: Comunicação e Relações Internacionais. Prezados, segue meu currículo em anexo.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Nós, eles e os chineses
Para encerrarmos o tema europa neste blog, até, claro, minha próxima imigração, queria deixar uma das impressões que mais me marcaram nestas voltas ao velho continente em três meses: a tão utilizada terminologia “países desenvolvidos e países em desenvolvimento” (estágio que alcançamos não faz muito tempo). Estes definições que me pareciam um certo eufemismo para países pobres e países ricos, na verdade, fazem muito sentido. Até por uma questão temporal. É difícil comparar países com mais de dois mil anos de existência, com os países sulamericanos, por exemplo, com pouco mais de 500 anos de descobrimento. Enquanto em Paris já existiam palácios, como o Louvre em 1200, no Brasil possivelmente a construção mais emblemática devia ser uma cabana com os tetos de madeira. Portanto, ainda estamos em fase de crescimento, ao contrário deles. Mas pelo menos parece que agora o nosso crescimento vem metabolizado com um Biotônico Fontoura, ou, para sermos mais atuais, com Way Protein.
Mesmo os países europeus mais afetados pela última crise, como Espanha e Portugal, já têm suas linhas de trem, metrô e portos desenvolvidos, para referendar o termo. Já a síntese desse nosso país em desenvolvimento pode ser o próprio metrô. Que finalmente, no Rio de Janeiro, vai chegando a... Ipanema. Por isso, que por mais alarde que se faça na europa, uma crise econômica como a última é muito pior para países em desenvolvimento porque atrapalha ou impede este crescimento. Seja a estação de metrô em Ipanema ou o porto no Rio, sejam as empresas que fazem a reconstrução de Angola. Afinal, construir é sempre mais caro que consertar ou renovar, como no caso europeu. E os 20% de espanhóis desempregados podem continuar vivendo na casa dos pais que já tem aquecedor.
Como afirmei que esse é o último texto sobre as impressões europeias queria também matar o outro coelho. Um coelho chinês. Foi a primeira vez que tive contato com os novos bicho papões do mundo. Quando morei nos EUA, não sei se o regime ainda era muito fechado ou a localização geográfica influenciava. A impressão que eu tive dos chineses me remete ao George Orwell, no 1984, em que o regime totalitário tenta transformar todos os seus subordinadas em uma massa acéfala. Os chineses não têm qualquer senso crítico ou contestatório. Um exemplo concreto: foi montado no meu curso uma turma só com chineses e taiwaneses quando muitos deles chegaram. Os taiwaneses detestaram e pediram pra mudar. Afinal, qual o sentido de ir à Espanha estudar Espanhol numa turma só com compatriotas? É quase o mesmo que fazer um curso de idiomas em seu próprio país, diziam. Os chineses não reclamaram. A única exigência era a de que os professores não pulassem as lições.
Mas a esperança que eu tenho que esse sistema opressor seja demovido vem da Globalização. Ok, ingenuamente, alegam meus dois adversários ideológicos (possivelmente os que ainda estão lendo o texto até aqui), bato sempre nesta já gasta tecla. Mas tive um bom amigo chinês nesta viagem que reforçou minha fé. Ele e sua namorada vivem na Espanha e nem pensam em regressar à China, depois de conhecer que existe no mundo lugares onde não se trabalham 15 horas por dia, você pode ver o filme, o programa ou a notícia que quiser e ainda pode participar de uma comunidade virtual em que pode manter contato com todos os outros habitantes do planeta, que, descobriram eles, também são legais. Bem, agora ele replicará esse conhecimento a cinco amigos dele. E a namorada a outros cinco. Só faltarão 1.999.999.990 chineses.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Después de la siesta
Mas convenhamos, e que eles não nos ouçam, é um povo que não é lá muito chegado a trabalhar, fato confirmado pelos próprios espanhóis menos orgulhosos. Não dá para acreditar que, em pleno século XXI, um país inteiro se dê ao luxo de dormir duas horas depois do almoço. Nada funciona. Nem bancos, lojas, serviços. Domingo, dia que há mais turistas nas ruas, não há sombra de trabalhadores. Ou melhor, uma coisa funciona: os chineses, o que dá força às teorias conspiratórias de dominação do mundo às escondidas. Esse é outro fato curioso e que impressiona os marinheiros de primeira viagem. Como, creio, em nenhum outro país europeu, a Espanha está cheia de chineses. Restaurantes, lojas, universidades... Seriam dois os motivos principais. O primeiro é que se aproveitando da crise do país, os chineses vieram, e compraram lojas, restaurantes e mercados em geral. A outra é que a Espanha é o país europeu que mais benefícios dá aos imigrantes. Não pagam impostos no primeiro ano, e com isso, a cada ano os chineses mudam o nome do proprietário e continuam sem pagá-los.
O que, conhecendo um pouco a Espanha em geral, dá para acreditar que não deve ser muito difícil de fazer. Os espanhóis, e talvez possamos expandir para os latinos em geral, têm um jeitinho para tudo. O próprio idioma denuncia: há a expressão ‘’La picaresca española’’, que define o fato de sempre arrumarem uma maneira de conseguir as coisas, por meios não muito convencionais. O que aos brasileiros não nos é difícil entender.
Mas os espanhóis também têm suas várias virtudes. Além da Saúde, que graças a Deus ainda não precisei experimentar mas até os alemães elogiam, um serviço que talvez não haja igual em outro lugar do mundo é o Turismo. Em qualquer cidade, há sempre balcões de informação, placas, free tour, city bus. Parece que para entrar na Comunidade Europeia em 1986, a Espanha fez um acordo em que abdicaria das indústrias e seria o país turístico da europa. Alguns espanhóis também culpam esse acordo pela crise atual, pois não produzem mais quase nada. Se é verdade eu não sei, mas quanto ao Turismo, definitivamente, funcionou muitíssimo bem. E é um povo que me parece também gostar de ser cosmopolita, ao contrário dos parisienses, por exemplo. Ou, além de gosto, talvez seja um questão de necessidade mesmo.
domingo, 21 de novembro de 2010
Je ne parle français
A chegada a Paris já mostra por que os noticiários sobre a França ultimamente só falam sobre as medidas anti-imigração. O número de não parisienses, leia-se, brancos, com blazers e echarpes pretos, vivendo ali impressiona já na ida do aeroporto ao Centro. Negros e árabes, principalmente, habitam, mas não coabitam com os parisienses. Se no tão criticado Estados Unidos, as diferenças se unem e ajudam a formar o país, na França não. Bem, aqui é importante registrar que essas afirmações taxativas são de alguém que não fala francês e teve uma percepção apenas visual.
Por isso, fico na dúvida se as bandeiras francesas, representação mais explícita de seu nacionalismo, que estão por toda parte em Paris, querem também incluir os africanos e árabes. Ou se ainda é a bandeira que empunhavam Luis XIV e Napoleão, de quem os franceses sentem tanta saudade. A minha impressão é que a França ainda não aceitou o fato de que não é mais império. Mas assim como eles, a Espanha já foi império, Portugal, Grécia e Roma, entre outros, também já o foram. Portanto, por que custa tanto entender que o mundo gira, não só em torno do sol? Por que é tão difícil aceitar que, sim, é necessário falar Inglês, assim como em breve será necessário falar mandarim? É inconcebível para mim, por exemplo, que em várias partes do Louvre, como a sobre a história do próprio museu, não haja tradução para outra língua.
E esse passado expansionista que eles tanto veneram e que fica bem bonito nas paredes dos museus só é contado do ponto de vista do vencedor, claro. O que os quadros não mostram é o sangue e as mortes do ''outro lado''. Este mesmo que, graças (não sei se é a palavra que utilizariam) a seus reis e imperadores hoje também fala francês.
Nelson Rodrigues dizia que o fla-flu começou 15 minutos antes do nada. A impressão que eu tive de Paris, é que, assim como esse clássico carioca meio sem graça, ela sempre esteve ali, imponente, emocionando a quem a conhece pela primeira vez. E não chega a ser um exagero. A construção do Louvre e de Notredame datam de 1100. Muito antes de termos nascido. Conversando com uma americana, ela me deu a frase que mais me pareceu simbólica sobre a diferença entre os dois países: ``A França olha pro passado, enquanto os Estados Unidos olham pro futuro``. Sem dar qualquer juízo de valor, vale fazer a ressalva de que os Estados Unidos, assim como nós, não tem um Louvre para visitar.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
O palhaço não sou eu
Não é Dilma ou Lula o nome dessas eleições. O palhaço Tiririca é o símbolo não só deste pleito, mas reflexo do Brasil atual. O que também é impossível de desassociar dos dois.
Quando pensamos que o país finalmente “decola”, como estampou a The Economist na capa em edição recente, nos deparamos com um palhaço semi-analfabeto ou analfabeto (o TSE dirá) como deputado federal mais votado do país, logo em seu estado mais sério.
Eu não consigo achar graça. Pelo contrário, o meu sentimento tem muito mais a ver com tristeza e vergonha do que com alegria.
Apesar dos avanços econômicos e sociais dos últimos 16 anos, no aspecto político permanecemos estagnados ou talvez tenhamos até regredido.
Se a consciência política está diretamente ligada à Educação, o Tiririca e seus um milhão de eleitores são o sintoma de que ainda devemos muito neste ponto. Claro que não serão em oito ou dezesseis anos que mudaremos a situação da Educação no Brasil, defasada por raízes históricas, mas os esforços foram bem tímidos principalmente durante o Governo Lula, quando tínhamos muito mais condições para incrementá-la.
O voto no Tiririca, no entanto, não é só o dos mau informados. Há o voto por protesto. Mas a esse eu prefiro nem me deter. O slogan “Você sabe o que um deputado faz? Nem eu.” é a afirmação direta ao eleitor de sua ignorância. Se você não sabe o que um deputado faz, a culpa é sua. Mas não. Aqui encontramos mais um aspecto bem brasileiro: todos somos vítimas, não é vira-latas?
Eu até tentei buscar uma relação do Tiririca com o Macunaíma, o herói malandro, mas nem isso eu consigo ver no palhaço. O voto nele não é uma busca de um caminho - ainda que controverso -, é o voto da resignação, da desistência. Mas eu ainda sou muito novo (e turrão) para desistir de alguma coisa. E você?
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Uma ode à Psicanálise
A Psicanálise é a mais fascinante das ciências humanas. Na minha visão, claro. Estudar o comportamento humano, o indivíduo e todas suas características e peculiaridades deve ser muito prazeroso e intrigante.
Meu interesse por Psicologia começou com uma matéria chamada "Psicologia e Comunicação", na PUC. Os textos introdutórios de Freud sobre ego, ide e superego me despertaram uma curiosidade sobre o tema. Aliado a isso, algumas angústias acumuladas aos 20 anos, me levaram à terapia, de onde saí e voltei algumas vezes. Mas não quero compartilhar e (nem devo) minhas experiências no divã.
Esse é um dos aspectos que também me intrigam na Psicanálise: o mistério. Por ser uma experiência individual, ninguém compartilha o que trata na análise e até hoje algumas pessoas omitem que a fazem. A pessoa que sai do consultório e esbarra com você esperando, se sente um pouco constrangida.
O próprio ato psicanalítico em si é um tanto enigmático. A terapeuta não pode ter nenhuma relação com sua família ou relacionamento amoroso, e você também não pode saber muito da vida dela.
Mas o que mais me intriga na Psicologia é a ignorância que até hoje se tem em relação ao assunto. Ignorância na acepção do termo. O que eu conheço de pessoas as quais recomendo análise, refutando com argumentos do tipo: “não, meus problemas eu resolvo com bebida e com amigos”; “dos meus problemas resolvo eu”.
Não, camarada, seu amigo não estudou oito anos o comportamento humano para saber como tratar destas questões. Nem você. Nem a cachaça.
Como diz Freud, (me corrijam, psicólogos, se eu estiver errado) para se chegar à autoanálise, primeiro você deve passar por esse processo psicanalítico, com outra pessoa, um especialista, claro.
Também, acredito que uma dificuldade que as pessoas têm com a Psicanálise é a falta de retorno imediato e concreto. Ao contrário de um remédio que você toma e para de espirrar, na Psicanálise a resposta não é tão palpável. E demora. Do contrário, se chamaria Psicossíntese.
Assim como a Sociologia, a Filosofia, a Filologia, a Psicologia, como o nome diz, é um estudo. Dos mais importantes. Vou além. A Psicologia é uma ciência importante para a Sociedade em outros aspectos, como a manutenção da paz, por exemplo.
Desconstruindo a abstração de pertencimento a um grupo ou a um território diminuiria-se as lutas por terra ou por etnias. Ou num caso mais próximo, a insegurança dos pitboys seria tratada num consultório, não numa boate. Mas estas distantes e vagas interpretações ficam para a próxima sessão.
Negar a Psicologia é negar - ou para fecharmos com a palavra mais apropriada - ignorar o conhecimento.
Meu interesse por Psicologia começou com uma matéria chamada "Psicologia e Comunicação", na PUC. Os textos introdutórios de Freud sobre ego, ide e superego me despertaram uma curiosidade sobre o tema. Aliado a isso, algumas angústias acumuladas aos 20 anos, me levaram à terapia, de onde saí e voltei algumas vezes. Mas não quero compartilhar e (nem devo) minhas experiências no divã.
Esse é um dos aspectos que também me intrigam na Psicanálise: o mistério. Por ser uma experiência individual, ninguém compartilha o que trata na análise e até hoje algumas pessoas omitem que a fazem. A pessoa que sai do consultório e esbarra com você esperando, se sente um pouco constrangida.
O próprio ato psicanalítico em si é um tanto enigmático. A terapeuta não pode ter nenhuma relação com sua família ou relacionamento amoroso, e você também não pode saber muito da vida dela.
Mas o que mais me intriga na Psicologia é a ignorância que até hoje se tem em relação ao assunto. Ignorância na acepção do termo. O que eu conheço de pessoas as quais recomendo análise, refutando com argumentos do tipo: “não, meus problemas eu resolvo com bebida e com amigos”; “dos meus problemas resolvo eu”.
Não, camarada, seu amigo não estudou oito anos o comportamento humano para saber como tratar destas questões. Nem você. Nem a cachaça.
Como diz Freud, (me corrijam, psicólogos, se eu estiver errado) para se chegar à autoanálise, primeiro você deve passar por esse processo psicanalítico, com outra pessoa, um especialista, claro.
Também, acredito que uma dificuldade que as pessoas têm com a Psicanálise é a falta de retorno imediato e concreto. Ao contrário de um remédio que você toma e para de espirrar, na Psicanálise a resposta não é tão palpável. E demora. Do contrário, se chamaria Psicossíntese.
Assim como a Sociologia, a Filosofia, a Filologia, a Psicologia, como o nome diz, é um estudo. Dos mais importantes. Vou além. A Psicologia é uma ciência importante para a Sociedade em outros aspectos, como a manutenção da paz, por exemplo.
Desconstruindo a abstração de pertencimento a um grupo ou a um território diminuiria-se as lutas por terra ou por etnias. Ou num caso mais próximo, a insegurança dos pitboys seria tratada num consultório, não numa boate. Mas estas distantes e vagas interpretações ficam para a próxima sessão.
Negar a Psicologia é negar - ou para fecharmos com a palavra mais apropriada - ignorar o conhecimento.
sábado, 4 de setembro de 2010
A demodé simplicidade
Finalmente, assisti a ''Apenas o Fim", filme tido como o ''expoente de nossa geração'', pelo menos no que diz respeito a relacionamentos. Gostei bastante, mas como já se passou um bom tempo de seu lançamento, não cabe aqui fazer-lhe uma resenha. O que mais me chamou a atenção no filme (além da Erika Mader, claro) foi a simplicidade, característica e palavra que estão cada vez mais demodé, como amar o próximo. Em épocas de banda emo, com calças coloridas e gel no cabelo, o banquinho e o violão devem estar pra lá de empoeirados.
A minha bandeira pela simplicidade, para ser franco, também tem um aspecto pessoal. Eu não tenho tatuagem e tenho uma certa predileção por camisas lisas, por exemplo. A peça de roupa mais ''unusual'' que eu usei e uso até hoje é minha sandália Birck. Na faculdade, era para tirar uma onda de alternativo. Hoje, é porque eu acho que chinelo suja muito os pés.
Aqui eu poderia discorrer que estamos vivendo na era da imagem, do marketing, do consumo em excesso, mas esse papo me dá muita preguiça.
A simplicidade, ao contrário do que se imagina, vem de muito rebuscamento. Isso, claro, para os que a tem como escolha, não como opção única, como nos atestam Nelson Rodrigues, Machado de Assis e Gilberto Freyre, entre outros. Afinal, foi necessária toda a erudição do poeta para chegar à frase ''eu quero a sorte de um amor tranquilo''.
A minha bandeira pela simplicidade, para ser franco, também tem um aspecto pessoal. Eu não tenho tatuagem e tenho uma certa predileção por camisas lisas, por exemplo. A peça de roupa mais ''unusual'' que eu usei e uso até hoje é minha sandália Birck. Na faculdade, era para tirar uma onda de alternativo. Hoje, é porque eu acho que chinelo suja muito os pés.
Aqui eu poderia discorrer que estamos vivendo na era da imagem, do marketing, do consumo em excesso, mas esse papo me dá muita preguiça.
A simplicidade, ao contrário do que se imagina, vem de muito rebuscamento. Isso, claro, para os que a tem como escolha, não como opção única, como nos atestam Nelson Rodrigues, Machado de Assis e Gilberto Freyre, entre outros. Afinal, foi necessária toda a erudição do poeta para chegar à frase ''eu quero a sorte de um amor tranquilo''.
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