sábado, 4 de setembro de 2010

A demodé simplicidade

Finalmente, assisti a ''Apenas o Fim", filme tido como o ''expoente de nossa geração'', pelo menos no que diz respeito a relacionamentos. Gostei bastante, mas como já se passou um bom tempo de seu lançamento, não cabe aqui fazer-lhe uma resenha. O que mais me chamou a atenção no filme (além da Erika Mader, claro) foi a simplicidade, característica e palavra que estão cada vez mais demodé, como amar o próximo. Em épocas de banda emo, com calças coloridas e gel no cabelo, o banquinho e o violão devem estar pra lá de empoeirados.

A minha bandeira pela simplicidade, para ser franco, também tem um aspecto pessoal. Eu não tenho tatuagem e tenho uma certa predileção por camisas lisas, por exemplo. A peça de roupa mais ''unusual'' que eu usei e uso até hoje é minha sandália Birck. Na faculdade, era para tirar uma onda de alternativo. Hoje, é porque eu acho que chinelo suja muito os pés.

Aqui eu poderia discorrer que estamos vivendo na era da imagem, do marketing, do consumo em excesso, mas esse papo me dá muita preguiça.

A simplicidade, ao contrário do que se imagina, vem de muito rebuscamento. Isso, claro, para os que a tem como escolha, não como opção única, como nos atestam Nelson Rodrigues, Machado de Assis e Gilberto Freyre, entre outros. Afinal, foi necessária toda a erudição do poeta para chegar à frase ''eu quero a sorte de um amor tranquilo''.

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