quarta-feira, 23 de março de 2011

Todo mundo tem uma história de amor atrapalhada

Bem, a frase acima ia começar a prosa, mas eu achei que ela é tão impactante que é melhor ali, destacada com letras maiores e outra cor, quase como título de uma peça de teatro.
Há algum tempo fiquei com essa frase na cabeça, mas o texto não vinha junto. Talvez eu tenha gostado tanto dela por classificar o substantivo mais "sublime" de todos (só comparável a vida, mãe e Deus) com um adjetivo tão banal e que faz da própria palavra engraçada como “atrapalhada”.
Ela é boa também porque simplifica uma história de amor (que não deu certo, claro). Não é necessário achar muitas justificativas sérias, daquelas com adjetivos profundos, tipo “interrompida”. Talvez o trapalhão dessa história seja o tempo, ou quem sabe, um carinho tatuado, ou até a “incompatibilidade de agendas”, como facilitam os famosos.
Pensei também na dupla interpretação que pode passar. Uma história de amor atrapalhada pode ser aquela que a gente vai levando aos trancos e barrancos, até com um toque de graça. Já se ela foi atrapalhada por um fator externo precisaríamos do complemento ''por, "pelo" ou pela" e de um terceiro ator, geralmente o vilão.
E ainda para vender a frase (e se virar nome de peça de teatro eu quero royalties) ela democratiza e humaniza “uma história de amor atrapalhada”, porque usa o “todo mundo”, que de fato tem, teve ou terá uma (algumas).
Como eu avisei lá em cima, eu ainda não tenho uma definição para anexar à frase, mas como no Facebook e no Twitter é só ela que aparece...

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