domingo, 16 de agosto de 2009

Do geral para o particular

Amor platônico é o pior tipo de amor. Porque você não ama uma pessoa, você ama a ideia dessa pessoa. E, como eu escrevi outra vez, as ideias são, na maioria das vezes, melhores do que o real. Você não está junto para que a idealização torne-se real. Quando você está longe, você só lembra das qualidades, das coisas boas. Acho que é por isso que as pessoas depois de mortas são tão cultuadas. Elas viraram uma ideia.
Dizem que os poetas amam o amor. E não a pessoa. Têm esse glamour do amor idealizado, sublime. Ou seja, eles amam o sentimento. E o sentimento é uma abstração. E eu acho que é mais fácil amar uma abstração do que uma pessoa. A pessoa pode ter chulé, roncar, ser infantil, ser rude. O sentimento não. O sentimento é estável, é lindo, é puro.
Por isso que o amor platônico é uma merda, porque a pessoa vai desperta em você este sentimento e depois não fica pra mostrar que ela não é isso. Aí, o que sobra pra mim é a ideia de você. Não você. E eu tenho certeza de que a minha ideia de você é mais legal do que você.

3 comentários:

joao herkenhoff disse...

mto bom irmão!!!
tem também o junk platonic food lover

o cara sofre de amor platônico, qndo fica na fila do Mc´donalds sentindo o cheiro e depois vai pra casa sofrendo e lembrando de como poderia estar gostosa aquela maravilha gordurosamente letal.

Zé disse...

Afiado. Mas nem o sentimento é estável.

Talita disse...

A idéia da pessoa é realmente muito mais forte do que a pessoa!!! Adoreiii Ju!

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